terça-feira, 23 de setembro de 2008

Copo de Leite e os Cocaleiros Colombianos


Este texto faz parte de uma obra de ficção composta por uma série de amigos colaboradores , este é o meu capítulo
:

Chapter 3

Não posso imaginar nada mais chato do que estar no meio de uma floresta tropical sem televisão, celular, e Mcdonalds. Esse é o verdadeiro “Big Brother” a céu aberto, a monotonia pode ser sinônimo de oficina do capeta - ou seria diabo? , mas que diabo gostaria de construir uma oficina neste inferno verde. Mas, afinal quem é Copo de Leite? Pois então chegou a hora: menina meiga, de origem européia, filha de camponeses e neta do grande Conde de Luxenstein, médico e inventor das famosas balas de gengibre, viciado em quinino e voluntário da Cruz Vermelha Internacional, desbravador das selvas, colecionador de besouros raros e animais empalhados, dono de uma das melhores vozes do coral do exercito alemão. Copo de leite herdou sua bravura, e aprendeu a lidar com animais exóticos, extraordinários, fumegadores e vomitadores. Copo de Leite cansou da monotonia elétrica da cidade grande e se embrenhou na selva amazônica, onde descobriu um mundo ainda mais monótono que a própria cidade de Weimar, cidade natal de Copo de Leite. Em meio a este mundo hostil, Copo de Leite convida Pablo para uma caçada, já que, de prisioneira ela passa a ser uma espécie de talismã para os cocaleiros. E ao som de “Tom Sawier” do Rush partem, a seu destino... (que merda! texto não tem som, então imaginem). Uniforme impecável, passado a ferro, botas engraxadas, cabelo penteado de lado e esplastelado de gel, Pablo é o próprio privilégio em forma de caçador. Copo de Leite, a tão conhecida Copinho, não tem muitas roupas em suas malas, afinal você já viu algum personagem de ação trocar de roupas durante uma aventura? Antes de adentrarem a mata os dois promovem uma sessão espírita onde Pablo recebe o Caboclo 7 Lagartixas, que indica os melhores locais na selva onde poderiam encontrar caça em abundância. Após fumar cinco charutos cubanos, Caboclo 7 Lagartixas abandona Pablo, que acorda atordoado e meio sem direção, Copo de Leite o carrega pelo braço e os dois finalmente partem para a caçada. Copinho acha a selva muito desarrumada e sem sinalização, mas, segundo o Caboclo 7 Lagartixas eles devem seguir sempre para o norte. Agora ao som de “ Lenny Kravits” (imaginem droga!!!!!) eles ouvem algo no meio de uma clareira, não demora e logo vem um forte cheiro de enxofre, e ouvem um estranho batuque seguido de guitarras distorcidas afinadas em dó. São os índios barriga de sapo, que conseguem através da música hipnotizar seus adversários. De forma quase que imediata Copinho e Pablo são iludidos com o som alto e distorcido dos índios barriga de sapo que, diga-se de passagem, são canibais. Prontamente, Pablo incorpora o Caboclo 7 Lagartixas e começa uma luta sem igual . Caboclo 7 Lagartixas lança baforadas de charuto cubano sobre os índios que caem como se fossem canas-de-açúcar em um pobre canavial (som !!esqueci o som , música de ação. Que tal “ride the lightning do Metallica”?)

Copinho está hipnotizada e feito uma barata tonta toma uma baita surra dos índios que não tem a mínima compaixão, até que finalmente Caboclo 7 Lagartixas, ou Pablo, consegue tirar Copinho desse estado dando uma bela baforada em seu ouvido. Quando recobra seus sentidos, ela percebe a tremenda batalha, retira seu sutiã e faz dele um estilingue, atirando mamonas nos índios que fogem para dentro da selva e os deixam em paz. Após descansarem por algumas horas Copinho e Pablo, resolvem voltar para o acampamento antes que possam ser atacados pelos terríveis Diud's. De volta à casa de Esteván, aos frangalhos, sem caça, mortos de fome, se contem em tomar suco de mandioca, e dormir para tentar numa próxima, conseguir caçar algo...


segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Crônica




O observador

Ela esta lá, intacta e fria, a velha catedral da Sé, cartão postal de uma das mais importantes metrópoles do mundo. Por trás dela existe e sempre existirá alguém que irá viver esta cidade intensamente, todos os dias, sob o sol, sob a chuva, entre os papelões, ao redor dos escombros, da escória, de tudo aquilo que uma metrópole oferece a um miserável morador de rua. João, mais um migrante que sonhou encontrar um futuro melhor na cidade grande, e somente encontrou as ruas como morada. Estas mesmas ruas que ele jamais saberá quem lhes deu os nomes e que com certeza, o seu, jamais estará estampado em alguma placa. De seus olhos cobertos pela ignorância, nunca irá entender o porque de tantas pessoas se reunirem em volta da Catedral com faixas, gritos e rezas. Ele passa desapercebido, talvez até queira assim, não saberia como se portar com gente tão politizada. A cidade cresce a seu redor de forma assustadora, os prédios estampam o cenário com uma beleza quase mórbida, o cotidiano vai mudando, primeiro passavam alguns hippies, depois uns punks, algumas ideologias que sempre retornam, ônibus elétrico, metrô, tecnologias, e João continua no mesmo lugar, sobrevivendo, revolvendo o lixo, observando. A oportunidade está em quem tem coragem de subir aos arranha-céus e fincar sua bandeira, determinar seu futuro, vencer o complexo de inferioridade, enfrentar o som da cidade que explode nos tímpanos descarregando decibéis de intensidade híbrida transformada em energia que faz com que, toda essa grandeza tome movimento.Quem vê ao longe jamais irá sentir como é viver intensamente as ruas no cotidiano como João, ele caminha, atravessa em meio aos carros, faróis, becos, camelôs, sem diferença social. Para ele as gravatas são apenas coleiras que prendem os homens nos escritórios e repartições publicas impedindo-os de viver a cidade de uma forma que pudessem comandar suas vidas e determinar a hora de ir e vir, sentar, levantar, observar. Transformando os dejetos em alimento, João segue recolhendo latas dos meio-fios, respirando o monóxido de carbono que invade seus pulmões como energia altamente radical, com certeza nada que lhe faça sentir-se doente. Nas sombras da noite se recolhe em seu ambiente frio e úmido entre a sujeira e os vermes, de onde observa as criaturas da noite que saem de suas salas acarpetadas para viver, dançar, namorar, descarregar suas magoas nos bares da cidade. De gritos e crimes, tudo fica colorido pelos luminosos, o cinza por algumas horas se transforma em primavera, a noite é suficientemente curta para se viver e enorme para se comentar, não interessa a João ele apenas dorme. A manhã nasce fria com uma ponta de sol acima da Catedral fazendo sombra sobre João, a vida mais uma vez se renova na cidade, aos poucos ela vai se povoando incomodando o sono de quem dorme nas calçadas, e tudo se estabiliza dentro de sua enorme aglomeração e João observa...

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

O PESO




Meu caso de amor com a banda “O Peso” começou quando eu ouvi o compacto Hit PoP que vinha na revista “geração POP”, era um compacto com quatro faixas dentre elas Alice Cooper com Some Folks e o Peso com “Não fique triste”, confesso que logo de cara fiquei impressionado com o vocal rasgado do Luis Carlos, que na época era algo assustador para mim pois, tinha só 6 anos de idade (precoce não) é bem verdade que pouco entendia de Rock para traçar um paralelo como o pessoal faz hoje, comparando tudo e dilacerando as bandas históricas sem o mínimo de conhecimento da dureza que era se gravar um disco neste período. Esta música é a que mais gosto não só pelo seu valor sentimental e as fortes lembranças que me traz,como também pela qualidade da composição em si. Com o advento da Internet pude conferir o LP inteiro e certifiquei-me que realmente o Peso era fantástico e tinha grandes composições, tais como: Me chama de amor, Sou louco por você, Eu não sei de nada, etc. Comparações a parte, as influências do som setentista de bandas como Led Zeppelin, Badfinger estão presentes e ainda bem, imagine só ter que comparar com bandecas do Rock de hoje em dia. O que é motivo de minha revolta é este sistema não ter o mínimo respeito por tudo aquilo que se produziu de cultura . É comum nos países mais desenvolvidos se encontrar caixas comemorativas de bandas clássicas, discos remasterizados, livros, DVDs, e o diabo a quatro de quinquilharias e aqui a gente não consegue nem baixar ou encontrar informações dessas bandas. Este país de memória curta, aceita somente aquilo que lhe convém ou seja, o mais fácil, a distorção de informações acaba causando repulsa. Então, meu amigo você não é obrigado a saber de tudo mas, saiba que muita gente já produzia Rock de qualidade e antes de dizer que é um revolucionário e original procure as referencias, de certo vai se impressionar.


http://rapidshare.com/files/101552539/PESO_-__Em_Busca_Do_Tempo_Perdido__1975__Brasil.Voo7177.rar


Arte, manifestação, revolução.


Esse negócio de arte começou da necessidade do homem de manifestar graficamente seu pensamento. Através dos signos ele consegue representar o mais próximo possível aquilo que vem do fundo da sua alma. Em alguns casos esta representação pode parecer um tanto estranha aos nossos olhos e requer um tempo para que possamos absorver certos conteúdos. Na publicidade a arte é sempre presente e rebuscada com maestria por nossos criativos. Resolvi postar esta peça do meu companheiro de trabalho: Jorge Priori, ele é estudante de Publicidade e Propaganda lá da Metodista, achei interessante de como ele resolveu este pequeno problema de comunicação e a sofisticação com que tratou todos os elementos.

Criação: Ação e reação.



Deus criou todas as coisas, certo, e quem criou Deus?

Essa é a pergunta que faço desde que tive plena consciência que era mais um ser vivente com um mínimo de inteligência capaz de refletir sobre tudo que me cerca. Quando percebi que tinha mais pessoas ao meu redor, quando senti dor, quando sai da forma embrionária e passei a viver neste mundo primitivo onde as pessoas buscam sua auto-afirmação em tudo que é tátil, material, tangível e o mais importante: visível aos olhos de outrem. Passo horas tentando decifrar este enigma desde então, o mais próximo do que consegui chegar e até uma conclusão obvia é que: para se formar algo, deve haver uma colisão, ou seja, dois corpos formam um novo. Então, o universo foi formado de uma grande colisão, e a origem desses dois corpos se originaram da colisão de outros dois e que criou esses corpos foi Deus! E quem criou Deus? O Próprio Deus!

Algo pensante de repente se deu conta que precisa criar, evoluir, e aí do nada, como mágica se auto-criou, logo um corpo único sem outro para se chocar, uma forma de vida estática rodando num infinito, solto no universo. Universo surgiu antes de Deus? do nada, espontaneamente. O vazio (vácuo) como plataforma da criação, um universo infinito que não se choca com nada, apenas uma imensidão negra e oca, sem atmosfera e fria, onde os corpos celestes um dia farão parte, organizados iconicamente de forma a abrigarem vida, e a criação disto a quem se dá a autoria: Deus! E quem criou Deus?

Quando a vida se deu, a Terra já estava organizada seja lá como, em sua forma mais primitiva e em linha de evolução, até chegar nesta fase tudo se torna fácil de explicar: vida surgiu na água, aos poucos foi evoluindo se tornando ereta e criativa, agora antes disso não dá nem para explanar, é tudo muito subjetivo e hipotético. Seria possível algo se auto-criar sem referências, sem projetos, Ex. Informática parte de princípios da evolução do próprio mundo, da busca por facilitar coisas pré-existentes e criar um sistema que possa agregar conhecimento sempre em valores referenciais transformando isso num processo. È isso referencial, o que Deus não teve, apenas se auto-criou e como isso se deu, coisas não surgem do nada, ou surgem? E quem criou o nada?...